terça-feira, 14 de agosto de 2007

Inteligência Natural X Inteligência Artificial


Conceito

Segundo a fonte pesquisada (PEREIRA, 2004), a Inteligência Artificial é uma disciplina científica que utiliza as capacidades de processamento de símbolos da computação com o fim de encontrar métodos genéricos para automatizar atividades perceptivas, cognitivas e manipulativas, por via do computador. A mesma, comporta quer aspectos de psicanálise quer de psicossíntese.

Com base em experimentação e tecnologia, busca promover a automatização de faculdades mentais por via da sua modelização em computador.

A sua limitação essencial será quando muito a da representabilidade do conhecimento por meios simbólicos! Isso porque não se pode afirmar com toda a certeza se há conhecimento que não possa ser representado por símbolo. (PEREIRA, 2004)

Inteligência Natural e Artificial

O computador torna possível a IA porque é uma máquina que processa símbolos de forma automatizada e eficiente. Tal processamento poderia em teoria fazer-se com papel, lápis e cérebro; mas seria incômodo, e na prática não iria longe. Até que ponto se podem fazer analogias completas com o cérebro, depende de este ser também modelizável exclusivamente como um processador de símbolos.

A Ciência da Computação, por definição, só é possível ao perceber-se que o "software" tem uma independência em relação ao "hardware". Caso contrário estar-se-ia a estudar o computador A, a máquina B, o autômato C, ou o cérebro D, e não a computação em geral. Tal noção, que não é óbvia, é hoje em dia comumente aceite, apesar de relativamente recente.

Poderá ser que, entretanto se descubram novas noções de computador, ou melhor, de computação. Tal equivale possivelmente a perguntar se é possível um conhecimento exteriorizável, observável, repetível e objetivo, que não seja completamente expressável através de símbolos discretos organizados em linguagem. Por outras palavras, se será possível uma ciência não simbólica, em particular uma ciência não simbólica do cérebro. O computador é um automatizador de teorias, mas desconhecemos se haverá "hardware" não simbólico, inclusive biológico, cujo funcionamento seja indescritível em termos de símbolos e manipulações sobre eles. (PEREIRA, 2004)

A seguir a diferença entre a Inteligência Artificial e Natural. Primeiro, o cérebro é suscetível de regimes de trabalho que não são parecidos com o do computador. O cérebro pode estar ébrio, pode estar alucinado, ou com sono, e isso corresponde a regimes de funcionamento que têm um nexo próprio, ao passo que o computador não. O computador ou funciona num único modo bem caracterizado, ou não está funcionando de todo, isto é, o funcionamento que exibe então não faz sentido quanto ao que dele se pretende. Adicionalmente, o cérebro tem grandes capacidades de paralelismo, como é sabido, e só hoje em dia se começam a explorar computadores com tais capacidades. Por fim, o cérebro tem a característica de ser autoprogramável, isto é, tem um sistema motivacional e uma consciência reflexiva com capacidade de em grande medida controlar todo o seu funcionamento, e mesmo de suprir ou superar mecanismos nervosos de nível mais baixo.

Na computação, como a entendemos usualmente, há dados que variam com as circunstâncias, mas cada programa é fixo. Pouco se explorou a capacidade de autoprogramação, embora a possibilidade de o programa se automodificar esteja presente em certas linguagens de programação. Talvez porque não se sabe bem que fazer com isso, pois tal envolve a capacidade de definição de objetivos genéricos variáveis, os quais no homem são quer herdados quer adquiridos culturalmente, em interação aberta e continuada com o meio.

Conclusão

A Inteligência Artificial apresenta um leque de aplicações e seus princípios são baseados em atividades perceptivas (reconhecimento de diferenças). Por exemplo: saber reconhecer a diferença de um gato para um cachorro, ou para uma onça. Atividades que envolvem manipulação também está entre seus princípios, assim como atividades cognitivas.
Com o auxilio da tecnologia, tenta-se usar a IA para automatizar alguns processos mentais (como os citados acima), criando um modelo genérico aplicado por computador.

O que pode limitar este campo, é a dúvida de que até qual ponto, pode-se simbolizar o conhecimento, ou seja, representar o conhecimento através de símbolos.

Por fim, a inteligência artificial se difere da natural em vários aspectos. O cérebro não trabalha como um computador, além de possuir vários estados de funcionamento, enquanto a máquina possui apenas um. O mesmo possui também a característica de ser autoprogramável, enquanto os programas são fixos. Ou seja, o que se altera são os dados que trafegam pelo programa e não os códigos programados em si.

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