sexta-feira, 14 de março de 2008

A MISSÃO DE ZOD II

É com muita alegria que escrevo o segundo conto relativo a Zod. Quanto ao primeiro conto recebi muitas críticas e também a pergunta se a história iria continuar, então depois de mais de um ano apresento a seguir uma continuação para esta história:

“Zod batalhou durante alguns anos nos reinos inimigos e realizou inúmeros prodígios. Recuperou reinos corrompidos pelos inimigos, fortaleceu os que já fraquejavam, fundou muitos outros em meio ao povo disperso e foi aclamado nas novas terras. Se tornou uma personalidade muito querida em todas aquelas terras.

Numa de suas batalhas, Zod salvou a vida de um rei muito sábio, justo e generoso e este como recompensa deu a mão de sua filha, princesa Zafira em casamento. A noiva também se sentiu muito honrada, pois se casaria com um homem de inúmeros predicados, contava para todos a benevolência e carinho do jovem Guerreiro-Rei para com ela e outras pessoas.

O fato é que Zod conseguira instalar a paz e igualdade na maioria das Marcas de seu reino, e Toldor já não era uma ameaça real. Muitos viram todas as aventuras que Zod viveu, comeram junto com ele, construiram com ele a história, mas infelizmente nem todos ficaram até o final.

Faltando poucas semanas para Zod ser glorificado Rei, Zafira que vivia na casa de Helius já não se encontrava amando o guerreiro. O príncipe tinha muito apreço pelo reino de seu pai, e aprendera um código de honra muito rígido. Costumes rígidos demais que o fizera morrer no coração da princesa, dos seus irmãos e afins. Apenas Hélius entendia a grande obra do Valente. Em poucos anos Zafira não fazia mais parte do círculo de Zod.

A grande sabedoria, é que Helius tivera tudo feito segundo a vontade do filho, pois mal sabia a princesa que ao retornar a sua casa, fora preservada de um ataque premeditado do tirano Toldor. Em meio àquele ataque o que restara a Zod e seu pai, foi reconstruir a capital, agora com uma base muito mais sólida. Mas nunca o povo deixara de aclamar Lord Zod e seu pai Helius, já que suas bem-aventuranças eram grandes demais.

Muitos anos depois, o poderoso rei caminhava com sua caravana de súditos para novas terras. Ali ele estabeleceria a nova capital do reino e Hélius daria lugar definitivamente para Zod governar. A caravana levava todo o tesouro que Zod acumulou de suas batalhas em todos estes longos anos desde sua juventude até naqueles dias. O príncipe passara por uma feira de escravos e num deles ali, que estava sendo leiloado no momento da passagem, encontrou Zod muita força e bondade. Ainda que maquiada, pelos maltratos e maldades da qual o escravo fora submetido. Estava fraco, em pedaços, mas ainda podia ser restaurado.

O príncipe ordenou que a caravana parasse. Ele iria participar do leilão!

O que o príncipe não sabia é que Toldor estava disfarçado no meio do povo como um senhor rico, e ele faria de tudo para que o escravo não caísse nas graças da mão do príncipe da paz. O leilão se iniciou!

Vendedor – o lance mínimo são 1000 dinares!


Todos se espantaram, pois o escravo não estava num estado tão bom assim para 1000 dinares.

Senhor feudal – eu cubro a oferta.

Zod – eu pago 5000 dinares!

Naquele momento, o príncipe se dera a conhecer por todos, e muitos se espantavam o porquê de um homem daquele estar disposto a pagar uma quantia tão generosa naquele pobre escravo.

Senhor feudal II – Estou disposto a pagar 20000 dinares, afinal se o príncipe quer é porque aí tem.

Toldor ainda não havia se pronunciado.

Zod – 50000 dinares!

Antes que alguem pudesse clamar algo, já se ouvira o grito de Toldor se pronuniando:

- Eu pago um bau de tesouro nele são 250 mil dinares.

O segundo senhor feudal percebeu que realmente era uma briga de gigantes ficou aguardando aquele desfecho.

Zod – 350000 dinars é o preço!

Vendedor – dou-lhe uma! Dou-lhe duas...

Toldor – 500 mil dinares.

Zod ficara muito triste pois teria que arriscar todo o tesouro que havia juntado, e ao mesmo tempo se espantava pelo tamanho da riqueza de Toldor, mas disse pela ultima vez:

- Eu pago toda a minha riquesa por ele! 01 milhão de dinares de ouro.

Todos começaram a murmurar, afinal o que tinha este escravo pra valer a riqueza do futuro rei?
Toldor saiu gargalhando da loucura que o Lorde fizera.

O escravo fora levado na carruagem do próprio príncipe. Este estava com medo. Não sabia o que o Grão Mestre iria fazer-lhe. O porquê de pagar por sua liberdade. O pavor e a confusão, tomava conta de seu coração e sua mente.

Já muito longe da cidade, no meio da estrada o príncipe ordenou que a carruagem parasse. Ele olhou para o escravo e disse:

- Vai! Estás livre! Pode ir embora, toma o que precisa e vai.

O escravo não entendera nada. Afinal, a troco de quê, ele faria aquilo? Tudo era muito bom para ser verdade. Mas outro grande fato era que o escravo, permanecia naquela condição desde criança e não sabia o que era viver em liberdade, por isso falou:

- Não vou não Senhor! Você pagou uma fortuna e lhe sou grato! Ficarei com o senhor.

O Lord se levanta furioso e incisivo fala:

- Vai embora! Por acaso não posso fazer o que eu quero com meu dinheiro? Eu paguei sim, uma fortuna pela tua liberdade. E por isso te digo, vai e viva ela!

O escravo então saiu assustado. Os servos de Zod lhe dera o que precisara e assim saiu.

Zod partiu para a nova capital, para finalmente tomar posse do trono.

O escravo correu pelos prados, pelas campinas, trilhou os caminhos, não acreditava que estava livre. Aos poucos foi descobrindo o que era ser livre. Ele corria tão rapidamente, tão vigorosamente, mas caía no chão e caía muito. Não estava acostumado ainda com esta liberdade. Se machucava e levantava.

Certo dia Zod lá do alto do monte, se achegou para ver a planície. De lá ele via a alegria do escravo, de lá ele ficava alegre, pois o homem vivia como um humano livre e digno. Percebia também que quando caía o escravo ficava triste. Pois o tombo feria muito.

Num destes dias, no final de tarde o escravo sentado na planície viu o Grão Mestre lá do alto, e pra lá subiu. Lá ele se encontrou com Lord Zod e o abraçou dizendo:

- Mestre... Sei que sua vontade era a de eu conhecer a liberdade. Eu a vivi sim, e sou grato por isso. Mas vejo os seus servos que são tratados tão dignamente como os nobres e lhe digo agora que... na minha liberdade, eu escolho te servir. Sou livre e de minha própria vontade, na minha liberdade, eu escolho ficar contigo.

Zod era muito sentimental, a vida o tornara assim. Ao ouvir aquelas palavras ele o abraçou!”

Escrito por: Lordtiago