sábado, 15 de março de 2008
sexta-feira, 14 de março de 2008
A MISSÃO DE ZOD II

É com muita alegria que escrevo o segundo conto relativo a Zod. Quanto ao primeiro conto recebi muitas críticas e também a pergunta se a história iria continuar, então depois de mais de um ano apresento a seguir uma continuação para esta história:
“Zod batalhou durante alguns anos nos reinos inimigos e realizou inúmeros prodígios. Recuperou reinos corrompidos pelos inimigos, fortaleceu os que já fraquejavam, fundou muitos outros em meio ao povo disperso e foi aclamado nas novas terras. Se tornou uma personalidade muito querida em todas aquelas terras.
Numa de suas batalhas, Zod salvou a vida de um rei muito sábio, justo e generoso e este como recompensa deu a mão de sua filha, princesa Zafira em casamento. A noiva também se sentiu muito honrada, pois se casaria com um homem de inúmeros predicados, contava para todos a benevolência e carinho do jovem Guerreiro-Rei para com ela e outras pessoas.
O fato é que Zod conseguira instalar a paz e igualdade na maioria das Marcas de seu reino, e Toldor já não era uma ameaça real. Muitos viram todas as aventuras que Zod viveu, comeram junto com ele, construiram com ele a história, mas infelizmente nem todos ficaram até o final.
Faltando poucas semanas para Zod ser glorificado Rei, Zafira que vivia na casa de Helius já não se encontrava amando o guerreiro. O príncipe tinha muito apreço pelo reino de seu pai, e aprendera um código de honra muito rígido. Costumes rígidos demais que o fizera morrer no coração da princesa, dos seus irmãos e afins. Apenas Hélius entendia a grande obra do Valente. Em poucos anos Zafira não fazia mais parte do círculo de Zod.
A grande sabedoria, é que Helius tivera tudo feito segundo a vontade do filho, pois mal sabia a princesa que ao retornar a sua casa, fora preservada de um ataque premeditado do tirano Toldor. Em meio àquele ataque o que restara a Zod e seu pai, foi reconstruir a capital, agora com uma base muito mais sólida. Mas nunca o povo deixara de aclamar Lord Zod e seu pai Helius, já que suas bem-aventuranças eram grandes demais.
Muitos anos depois, o poderoso rei caminhava com sua caravana de súditos para novas terras. Ali ele estabeleceria a nova capital do reino e Hélius daria lugar definitivamente para Zod governar. A caravana levava todo o tesouro que Zod acumulou de suas batalhas em todos estes longos anos desde sua juventude até naqueles dias. O príncipe passara por uma feira de escravos e num deles ali, que estava sendo leiloado no momento da passagem, encontrou Zod muita força e bondade. Ainda que maquiada, pelos maltratos e maldades da qual o escravo fora submetido. Estava fraco, em pedaços, mas ainda podia ser restaurado.
O príncipe ordenou que a caravana parasse. Ele iria participar do leilão!
O que o príncipe não sabia é que Toldor estava disfarçado no meio do povo como um senhor rico, e ele faria de tudo para que o escravo não caísse nas graças da mão do príncipe da paz. O leilão se iniciou!
Vendedor – o lance mínimo são 1000 dinares!
Todos se espantaram, pois o escravo não estava num estado tão bom assim para 1000 dinares.
Senhor feudal – eu cubro a oferta.
Zod – eu pago 5000 dinares!
Naquele momento, o príncipe se dera a conhecer por todos, e muitos se espantavam o porquê de um homem daquele estar disposto a pagar uma quantia tão generosa naquele pobre escravo.
Senhor feudal II – Estou disposto a pagar 20000 dinares, afinal se o príncipe quer é porque aí tem.
Toldor ainda não havia se pronunciado.
Zod – 50000 dinares!
Antes que alguem pudesse clamar algo, já se ouvira o grito de Toldor se pronuniando:
- Eu pago um bau de tesouro nele são 250 mil dinares.
O segundo senhor feudal percebeu que realmente era uma briga de gigantes ficou aguardando aquele desfecho.
Zod – 350000 dinars é o preço!
Vendedor – dou-lhe uma! Dou-lhe duas...
Toldor – 500 mil dinares.
Zod ficara muito triste pois teria que arriscar todo o tesouro que havia juntado, e ao mesmo tempo se espantava pelo tamanho da riqueza de Toldor, mas disse pela ultima vez:
- Eu pago toda a minha riquesa por ele! 01 milhão de dinares de ouro.
Todos começaram a murmurar, afinal o que tinha este escravo pra valer a riqueza do futuro rei?
Toldor saiu gargalhando da loucura que o Lorde fizera.
O escravo fora levado na carruagem do próprio príncipe. Este estava com medo. Não sabia o que o Grão Mestre iria fazer-lhe. O porquê de pagar por sua liberdade. O pavor e a confusão, tomava conta de seu coração e sua mente.
Já muito longe da cidade, no meio da estrada o príncipe ordenou que a carruagem parasse. Ele olhou para o escravo e disse:
- Vai! Estás livre! Pode ir embora, toma o que precisa e vai.
O escravo não entendera nada. Afinal, a troco de quê, ele faria aquilo? Tudo era muito bom para ser verdade. Mas outro grande fato era que o escravo, permanecia naquela condição desde criança e não sabia o que era viver em liberdade, por isso falou:
- Não vou não Senhor! Você pagou uma fortuna e lhe sou grato! Ficarei com o senhor.
O Lord se levanta furioso e incisivo fala:
- Vai embora! Por acaso não posso fazer o que eu quero com meu dinheiro? Eu paguei sim, uma fortuna pela tua liberdade. E por isso te digo, vai e viva ela!
O escravo então saiu assustado. Os servos de Zod lhe dera o que precisara e assim saiu.
Zod partiu para a nova capital, para finalmente tomar posse do trono.
O escravo correu pelos prados, pelas campinas, trilhou os caminhos, não acreditava que estava livre. Aos poucos foi descobrindo o que era ser livre. Ele corria tão rapidamente, tão vigorosamente, mas caía no chão e caía muito. Não estava acostumado ainda com esta liberdade. Se machucava e levantava.
Certo dia Zod lá do alto do monte, se achegou para ver a planície. De lá ele via a alegria do escravo, de lá ele ficava alegre, pois o homem vivia como um humano livre e digno. Percebia também que quando caía o escravo ficava triste. Pois o tombo feria muito.
Num destes dias, no final de tarde o escravo sentado na planície viu o Grão Mestre lá do alto, e pra lá subiu. Lá ele se encontrou com Lord Zod e o abraçou dizendo:
- Mestre... Sei que sua vontade era a de eu conhecer a liberdade. Eu a vivi sim, e sou grato por isso. Mas vejo os seus servos que são tratados tão dignamente como os nobres e lhe digo agora que... na minha liberdade, eu escolho te servir. Sou livre e de minha própria vontade, na minha liberdade, eu escolho ficar contigo.
Zod era muito sentimental, a vida o tornara assim. Ao ouvir aquelas palavras ele o abraçou!”
Escrito por: Lordtiago
sábado, 8 de março de 2008
PARA UM NOVO TEMPO COMEÇAR

Catedral
Composição: Kim
Estou me sentindo frio
De tudo que eu sinto, não me arrepio
Que aquela melodia já não assobio
Estou me sentindo frio
Está tudo sem sentido
De coisas absurdas que hoje são normais
Pais que matam filhos
Que eliminam pais
De drogas sem sentido
Estou me sentindo frio
Joga um cobertor
Acende a lareira
Que a vida está descendo uma ladeira só
Estou me sentindo frio
Estou dentro de um navio
Num mar pequeno, perdido e só
De manhã o tempo me avisou que só o tempo
Poderia me ajudar
De manhã o tempo me alertou que dar um tempo
Era melhor
Para um novo tempo começar
Estou me sentindo frio
E é só o teu retrato é que não me fala mais
Palavras que me ajudam, que me trazem paz
Estou meio sem sentido
Está tudo indefinido
Ideologias loucas, soluções banais
Paliativos tolos, bravatas globais
Está tudo sem sentido
Estou me sentindo frio
Joga um cobertor
Acende a lareira
Que a vida está descendo uma ladeira só
Estou me sentindo frio
Estou dentro de um navio
Num mar pequeno, perdido e só
De manhã o tempo me avisou que só o tempo
Poderia me ajudar
De manhã o tempo me alertou que dar um tempo
Era melhor
Para um novo tempo começar
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Avaliação do Rebanhão de 2008
Só que migrando para cá, decidi não só criar o anime-rpg, mas sim o Espaço Pessoal do Lord. Por isso o setor que era pra ser a "fonte" do site, deu espaço a musicalidade, ao rosa de saron e a matérias cristãs, pois reflete o lado pessoal de seu criador.
Na postagem de hoje, após muitos dias sem vir atualizar, espero passar um pouquinho da experiência que fora o Rebanhão 2008 em Cruzeiro.
Jesus quer cuidar de seu rebanho e neste evento muitas ovelhas voltam para o Pai. Sabe-se muito bem que o cristão católico praticante e convertido é lançado a proclamar e evangelizar sobre o Reino de Deus e as maravilhas de um Deus ativo e operante!
Mas antes Deus precisa fazer uma obra em nossas vidas! Precisamos nos revestir da armadura que Cristo apresenta para nós, pra só depois partirmos ao combate. Neste primeiro momento o domingo, Deus fez isso! Ele tocou nos corações dos fiéis e falou através das pregações de modo muito especial. Momentos de orações foram conduzidos e curas e libertações ocorriam como se fosse a 2000 anos atrás, quando os apóstolos expulsavam demônios e curavam quem crê.
Confesso que nunca tinha presenceado tamanha unção. E Deus quer usar a todos, pois ele diz: "Vocês farão obras maiores que as minhas, pelo poder do meu Espírito, em Meu Nome".
Porque hoje vemos tanta descrença? Muitas vezes os próprios católicos não conseguem tomar posse das graças de Deus, não tem coragem de proclamar sua própria cura, de travar um embate radical para com o inimigo. E têm sua fé minada aos poucos, por vários motivos.
Mas Jesus continua tão ativo como 2000 anos atrás! Basta ter fé e se abrir a graça.
Deus está fazendo uma obra, e seu oráculo já proclamou benção sobre esta região em que nasceu o Rebanhão, pois Ele tem planos para cá. Esta profecia que está sendo lançada desde o I Congresso da Juventude, que ocorreu em 21 de Abril do ano Passado, na Rotunda em Cruzeiro.
Todos os Cristãos são os funcionários de ultima hora que Deus precisa, por isso ele renovou carismas, levantou novos pregadores.
Muitos estavam afastados da religião, caídos na fé, mas como o tema já dizia: "Em nome de Jesus o Nazareno, levanta-te e anda". E várias obras foram feitas.
Claro que para servir a Deus o ser humano precisa se livrar de tudo o que lhe impede de viver o amor em plenitude, como Jesus falou em seu evangelho: "Se entras no templo para fazer uma oferta e encontra um irmão, para com quem teve um desentendimento, largue a oferta e vá primeiro se desculpar para com o próximo". Esta é a caridade e a lei maior.
Segunda-feira foi dito a nós, que podemos fazer tudo quanto quisermos, mas nem tudo nos convém. Uma pregadora disse também que chegou a conclusão que durante 3 dias no ano deve-se levantar clamor a Deus. A tantos dias para ir a praia, para descansar, mas três dias deve-se clamar e adorar o Pai.
E porquê? Simples, bem sabemos que no periodo de festas da carne, o inimigo reina sobre nosso Pais, dividindo famílias, amigos, quebrando relacionamentos. E muitos filhos de Deus caem nestas armadilhas, nas ciladas do inimigo.
Portanto a Igreja deve-se orar mais do que nunca pela Santidade. E digo mais, com minhas palavras>> deve-se orar pela sua familia, pelos que não conhecem, amam ou adoram a Deus, pois enquanto tiver jovens dispostos a colocar seus joelhos no chão, as portas do Inferno não prevalecerão!
Terça-feira o evento se fecha com chave de ouro. Após muitos terem sidos convidados a reconciliação com Deus e o próximo a vomitar tudo o que o Mundo empurrou guela abaixo. E ser convidado a perseverar e dar continuidade as maravilhas que Deus fez, desta vez agora nos grupos de oração.
Foi dito também como o Mundo engana, o que ele prega e ensina, e a quem se deixou tocar, os olhos dos cristãos foram abertos para enxergar tudo e poder perseverar na luz.
Finalizando, o Rebanhão foi uma chuva de bençãos sobre a cidade e sobre o povo de Deus. Se tudo correr bem em 2010 ocorrerá a festa dos 30 anos de Rebanhão, onde poderá se reunir o vale do Paraíba todo, onde tudo começou!
Comecemos a trabalhar desde já, e agradecer ao Pai pelas graças recebidas.
Espero ter passado um pouquinho do que foi o Rebanhão 2008.
Ass. lordtiago
domingo, 3 de fevereiro de 2008
O AGENTE – PARTE 01: O Ataque à Cidade do Aço

Há 12 anos atrás em algum laboratório oculto no continente IronThron, o cientista ‘de Marco’ conversa com a lenda viva:
De Marco – E então Dr. X, você terminou mesmo?
Dr. X – Claro que sim de Marco, ainda não tive tempo de testar em cobaias, mas segundo meus calculos está tudo O.K.
De Marco – É por isso que o “Núcleo” te admira...
Uma auxiliar, talvez farmacêutica ou enfermeira entra neste exato momento dentro da sala interrompendo De Marco e interjeitando ao Dr. X:
- Ele chegou Dr., Ele chegou!
Dr. X – Já falei pra não entrar sem bater, que eu não gosto, aliás, porque ele viria pra cá?
- Houve um acidente, um acidente quando ele chegou aqui, todos te chamam na sala B-12! – exclama a moça num tom que já beira o desespero.
Era como se o Messias tivesse voltado à terra descido do céu, mas com um acidente que o deixara á beira da morte. E um mundo sem “O Cristo” talvez não tivesse sentido...
Minutos depois na sala de cirurgia Dr. X pede a de Marco:
- Traga-me o composto “S”.
- Mas senhor! Tu mesmo o disseste que ainda não testou nas cobaias! Não sabemos os efeitos que podem ser causados a este jovem. – responde de Marco, como se Dr. X um estudioso, uma lenda viva da ciência, tivesse dito a coisa mais idiota do mundo.
Dr. X – a é!? Pois então Dr. De Marco, não traga nada, que ele irá morrer! Tenho que encubá-lo na sala fria! Preciso parar todas as funções vitais dele, para que Ele seja “restaurado”.
De Marco – Não sabemos se a sala fria terá condições de prover uma restauração sem destruir-mos esta vida senhor...
- Sim, foi por isso que eu desenvolvi o composto “S”, o sr. Trará, ou quer que ele morra?...
*************
Doze anos depois, na região portuária da Cidade do Aço, uma cidade costeira conhecida por ser o “Para-Raio” de IronThron, em meio aos guindastes pequenos, grandes e gigantescos sempre trabalhando, empilhadeiras controladas por robôs e poucos humanos mantendo tudo aquilo em ordem, está um rapaz em cadeira de rodas olhando para o horizonte além-mar. Os “estoques” dos metais que já se encontram para fora da empresa, pois ela não os comporta mais, - a Empresa “Máximas”, uma poderosa empresa do “ Núcleo” que faz armamentos e veiculos de transportes para o combate – são estes que estão sendo postos em ordem por todo aquele maquinário. Quilômetros e quilômetros de extensões compõem aquela empresa. Tubulações gigantescas em meio a alicerces igualmente grandes para comportá-las, correm pela cidade levando o Aço em seu estado liquido.
Uma ironia do destino, terem descoberto jazidas de minérios naquela região, justamente onde os ataques da Horda inimiga, tem mais facilidade de penetração. Um local onde os Melhores Agentes atuam o tempo todo. A capital de treinamento de Agentes! - Alí a prática é treinada quase que o tempo todo - Os poucos rios dali já se perderam com a poluição excessiva da fábrica. Mas os minerais são a unica coisa que sobrou ao mundo, digo, a coisa mais importante para a sobrevivência do mundo.
O mar ali não é azul e puro como se conhece hoje no nosso presente. O mar ali é de cor avermelhada, fruto do que o homem fez com a Terra, do que o homem teve de fazer com o planeta. As praias claro, que não são freqüentadas. Há poucos metros da praia, incide uma barreira de proteção magnética, um campo de força criado com a avançada tecnologia, que protege e separa o mundo pútrido externo, do criado artificialmente. O ar não é bom pra se respirar, por isso o Homem teve que inventar um purificador, algo que devolvesse o ar em condições à sua sobrevivência. Não sei se pode ser chamado de natural isso, talvez seja artificial sei lá. Mas como ia dizendo, por trás daquela barreira, vê-se arvores, o que dá a impressão de ser um bosque. Claro que foram tudo outrora fora criado em laboratório. O suficiente para tornar este novo mundo, um pouco normal.
O Homem chegou num estado que pode criar qualquer coisa. Só não tão perfeita e duradoura como Deus. Ele cria a si mesmo, só não o faz, porque até hoje só conseguiu clones imprestáveis. Eles precisam de criaturas de Deus para ter uma chance. Outra coisa que o Homem não consegue criar nestes dias, é a paz e felicidade própria.
A vida que antes era um jogo, tornou-se jogo de poder. Aliás, de um lado jogo de poder, do outro sobrevivência. Agora o “Núcleo” está pagando por tudo. O Homem está pagando por sua mesquinhês, porque a Horda fica cada vez mais inteligente, e o Homem parece ter-se estagnado.
O fato é que o jovem de cadeira de rodas, fora guiado até a margem de proteção, por um senhor com aparência de uns 54 anos não menos. Os poucos gestos e esboços de fala que o jovem conseguia transmitir e se fazer entender era isso, que ele gostava de ver o mar, e o bosque. Daquela vista de cima, do morro das Pedras onde se via a praia lá em baixo e mais a esquerda o bosque. A direita se via a Empresa Máximas. Os humanos já perderam as esperanças de olhar pro mar a espera de um navio, que chegasse com a salvação. O povo cansou de prostrar-se em terra de joelhos, com as mãos voltadas para o céu pedindo a salvação a Deus. Alguns fatos até fazem-se acreditar que este é o novo flagelo de Deus enviado desde 2007 até hoje em 2031. Isso, só Deus sabe. Mas o jovem mesmo incapacitado, gostava de ver. A pedra que ficavam todas as tardes, o senhor e o jovem, ela fica entre dois enormes faróis, na verdade Torres de Vigia construidas a fim de pararem um primeiro ataque da Horda em caso de invasão.
Um outro senhor se aproxima e pergunta:
- E o menino?
O que cuida do jovem responde cordialmente:
- Aparentemente na mesma, mas sinto que interiormente ele já está melhor. Apresenta emoções, parece que ele compreende o mundo que o cerca já. Creio que se recupere em poucos meses.
- Josh! É este o seu nome não é senhor? – o jovem que outrora dias passados, olhava fixamente numa direção só, com poucos sinais de expressão, agora se vira e pergunta pro senhor que o acompanhava nestes passeios.
As enfermeiras e fisioterapeutas recomendavam sempre estes passeios para desenvolvimento e estímulo dos pacientes. E parece que funcionou. Os dois senhores ficam emocionados com aquele gesto do garoto, um sinal de felicidade resplandeciam sobre suas faces como se presenciassem um milagre feito pelo próprio Nazareno.
Um dos senhores saiu pra contar as boas novas e Joshi respondeu ao jovem:
- Sim menino, sou eu sim!
- Eu sei de tudo que se passa viu, ouvia tudo nestes ultimos seis meses, só não conseguia me comunicar direito. Eu vejo a aflição das pessoas, parecem que vivem sempre preocupadas, com cargas de extresse ainda maiores do que eu via antes do meu acidente. A propósito, o que aconteceu após ele? Quanto tempo se passou? Este mundo está diferente, após a praia o céu é escuro num tom frio, sem vida. – o garoto começa a interrogar Josh.
- Não tenho ordens para lhe responder tudo isso, mas saiba que todos esperavam sua recuperação. Você é muito importante para nós viu! – responde o liso Josh se esquivando do menino.
- Estranho, tenho a sensação de não ter sido querido há tempos atrás. De ter sido rejeitado, mas não me lembro...Talvez isso tenha a ver com meu acidente...Ai! Minha cabeça dói. – o garoto que pensava, se recolhe na cadeira passando muito mal.
O velho nem teve tempo de ver o garoto pois logo avista navios chegando as terras. Tinham velas negras e gargalhadas diabólicas se ouviam do interior deles. Logo a sirene de “salvem-se quem puder” é acionada no farol e tudo vira um caos! Os mecânicos correndo, máquinas deixadas para trás, o pouco de povo lá atrás mais para o centro da cidade já se preparando para o pior, ou melhor, fugindo desesperados, tudo aquilo acontecera de repente.
Os faróis de proteção lançam contra as naus, raios eletromagnéticos e conseguem parar umas duas. Vinham mais três atrás das vencidas e sabe-se lá quantas outras mais chegando a Baía.
As que vinham de trás lançam raios semelhantes, tiros com muita pressão e poder de estrago que destrói um dos faróis fazendo seus escombros cairem por todo o local e derrubando estruturas metálicas da Empresa Maximas, que acaba por desencadear um efeito dominó quebrando tudo!
Quando o pobre velho tentava processar tanta informação, os escombros cairam sobre eles. Teriam sido mortos. Os dois. Mas milagrosamente o jovem levanta da cadeira de rodas e se joga em cima do velho derrubando-os a alguns poucos metros de onde estavam. Os alicerces cairam em torno deles e não os taparam. Parece que o jovem tinha se recuperado da dor de cabeça, pré-visualizado o que iria acontecer, e calculado milimetricamente uma área de não risco, para que ficassem a salvo das primeiras quedas de escombros. Nenhum humano normal faria aquilo naquela velocidade.
Após prometer trazer ajuda o jovem sai desbaratinado pela cidade a procura de ajuda. Ninguem podia nem se ajudar, quanto mais ajudá-lo. Ele encontrou um abrigo militar, donde todos tentavam acessá-lo pois era um lugar a se estar a salvo. Mas homens e mulheres em trajes pretos, estas ultimas em ternos executivos, barravam a entrada das pessoas priorizando mulheres e crianças ou pessoas “certas”. No desespero ele se achegou e tentava entrar quando a mulher o olha e interroga:
- Seu número de “id”.
O jovem nem sabia do que se tratava, mas numa vislumbrada ao seu redor, vira que todas as pessoas usavam um crachá dizendo, algo como a profissão e um número. Percebeu que os homens de preto se identificavam como “Agente” e embaixo apresentavam 4 números. Ele julgou que o “id” seria o número e nome contidos no crachá, mas ele bem sabia que era o unico sem esta identificação, então chutou torcendo para todos os santos que dê certo:
- 1018 – diz o jovem com voz tremida.
- Ah! É você mesmo? O Agente 1018? Entre, vá para a fila especial, eles te darão tratamento pra combater.
Que diabos era aquilo? Pensava o garoto. Agente? O que quer que tenha significado isso tudo, dera certo. O jovem conseguiu entrar e ficar a salvo. Mas peraí...combater? O que será que ele arrumou pra sua cabeça.
Na fila especial, está vários homens de pretos, os tais Agentes, que o vêem, parecem reconhecer e sorrindo chegam até ele dando uma farda preta, com coturno, boné e mais alguns acessórios e dizem: pode vestir isto aqui. Devemos nos diferenciar dos civis, pois somos referência.
Mal dá tempo do muleque se vestir, e já o dão seu crachá escrito: Agente – 1018.
Ele era Agente e não sabia...
Fim - Primeira Parte.
Continua...
